A primeira explicação para o nome “filhos da viúva” estaria relacionada com a lenda de Osíris, mito solar egípcio, decalcada em outras lendas mais antigas, como a do deus agrário Dumuzi, dos sumerianos. Foi Plutarco quem transmitiu, no primeiro século da era cristã, a melhor versão da lenda de Osíris, confirmada, posteriormente, pela tradução dos textos hieroglíficos.
Osíris foi um grande sábio e bondoso rei egípcio, cuja preocupação principal era civilizar o povo, tirando-o de sua primitiva barbárie e ensinando-lhe o cultivo da terra, os fundamentos da lei e o culto dos deuses.
A lenda é tipicamente decalcada nos mitos solares, pois, de acordo com ela, Osíris foi assassinado no 17º dia do mês Hator, que marcava o começo do inverno. A lenda, assim, do ponto de visto místico, mostra o Sol (Osíris) morto pelas forças das trevas (Set), deixando viúva a Terra (Ísis), para renascer, posteriormente, completando um novo ciclo, também representado pelas sucessivas mortes e renascimentos dos vegetais, de acordo com a influência solar.
Os Maçons, identificando-se com Hórus, são os filhos da viúva Ísis, a mãe-Terra, privada do poder fecundante do Sol (Osíris), pelas forças das trevas.
A segunda explicação para a origem da expressão está ligada à lenda de Hiram, largamente baseada na lenda de Osíris e em outros mitos da antiguidade. O artífice fenício Hiram, construtor do templo de Jerusalém, segundo a lenda era filho de uma viúva da tribo de Neftali.
A viúva é a Maçonaria
Graças à lenda de Osíris. Ísis, mãe da terra, é a Grande Viúva de Osíris, símbolo do Sol que a fecunda e da qual somos todos filhos, como uma Loja tem o significado de mundo, os Maçons são por extensão filhos do Universo, por sermos todos originários de suas partículas.
Na maçonaria temos também o ‘Tronco da Viúva’, que nada mais é do que o ‘Tronco de Solidariedade’ ou ‘Tronco de Beneficência’, bolsa oblonga que o irmão Hospitaleiro ou quem o substitui, faz circular, sistematicamente em todas as reuniões maçônicas ordinárias ou magnas, para colher dos irmãos presentes seus donativos ou óbolos que são destinados a socorrer as viúvas, os órfãos, enfim, para ajudar os necessitados.
Os maçons ao depositarem a quantia ditada pelos seus corações, o fazem com a mão esquerda, seguindo uma máxima maçônica de que, o que a mão esquerda faz, a mão direita não precisa ficar sabendo. Portanto, esta doação é feita de forma que um irmão que esteja próximo não veja o quanto está sendo depositado no Tronco da Viúva. É um momento que, se bem interpretado simbolicamente, se reveste de um significado esotérico e exotérico da maior profundidade, traduzindo a bondade, a caridade e a misericórdia.
Após a conferência do seu conteúdo e anunciado o valor alcançado o Venerável Mestre o debita ao Tesoureiro que o coloca à disposição da Hospitalaria da Loja que a ele destinará o seu fim.
A Maçonaria, como não poderia deixar de ser, tem um carinho muito especial pelas viúvas e pelos nossos sobrinhos e sobrinhas que ficaram órfãos, sempre que tem oportunidade e, na medida do possível, procura ampará-los tanto material, como espiritualmente.
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